quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Zuzubalândia - O Roubo Não Compensa



Furto infantil

Descobriu que o seu filho lhe tira moedas da carteira e compra chocolates para dar aos amigos ?
Muitas vezes se ouve dizer que as crianças roubam, mas isso não corresponde inteiramente à verdade. Roubar pressupõe que o objeto esteja num local privado, como é o caso de uma loja. Furtar é um termo mais adaptado aos pequenos delitos das crianças já que, psicológica e juridicamente, o ato de furtar está ligado à apropriação de um objeto que se encontra acessível. As crianças frequentemente furtam, mas raramente roubam. Furtam o lápis do colega de carteira, o cromo que lhes faltava para terminar a coleção… mas este ato para uma criança não tem qualquer significado.
A noção de propriedade
É importante frisar que, o furto de pequenos objetos na idade da Educação Infantil, não tem qualquer significado patológico. Constitui, inclusive, um fenómeno extremamente vulgar e frequente. Subjacente a este comportamento, não existe qualquer tipo de intenção de prejudicar os outros. Até aqui, o universo das crianças circunscrevia-se à sua casa ou de outros familiares, onde todos os objetos eram tidos como seus. A avó permitia-lhe mexer em tudo, e até levar para casa algo que lhe chamasse a atenção. Com o ingresso na Eduação Infantil, assiste-se a uma modificação das regras quando ainda lhes falta adquirir o sentido de propriedade. Não sabem, por isso mesmo, estabelecer os limites entre aquilo que é deles e o que é dos outros. Do ponto de vista de uma criança de 3-4 anos, todas as coisas lhe pertencem. Cabe aos adultos a tarefa de lhes dizer que não é assim, ou seja, de lhes impor limites. Essa aprendizagem é lenta e progressiva, o que pressupõe uma atenção e um carinho inesgotáveis. Alguns autores são de opinião, que só se conseguem ter alguns resultados por volta dos 6-7 anos, porque só nessa altura é que a criança possui maturidade psicológica que lhe permita distinguir o bem do mal.

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